Todo dia tudo sempre tão igual.
Acordar às 5:30 da manhã.
Tomar banho e me arrumar.
Chamar a Carol.
Preparar o café da manhã.
Comprar o pão quentinho na padaria da esquina.
Chamar a Juliana.
Preparar a bolsa da Isabela.
Preparar o chá para o Lucas.
Apressar as meninas de 5 em 5 minutos.
Tomar o café apressadamente.
Uma beijoca no marido, que reclama do barulho que fazemos antes de sair.
Sair quase que atrasada.
Deixar a Isabela na Dona Maria.
Deixar a Jú na escola.
A Carol estuda na mesma escola que trabalho.
Dar 6 aulas, começando às 7 e saindo às 12.
Esperar meia hora pelo horário da pegar a Jú.
Comer a comidinha praparada pelo marido.
Voltar pro trabalho às 2 da tarde, carregando a Jú que vai pra capoeira e natação.
Voltar pra casa pegando a Isabela ás 5 horas.
Preparar lanche pra criançada.
Lavar a louça, roupa.
Quase não ver o Lucas, filhote mais velho, porque quando eu saio ele está dormindo e quando ele chega eu estou dormindo.
Ler um livro que quase não consigo terminar pela falta de tempo.
Assistir televisão com maridão.
Tomar um banho e dormir.
Descansar porque amanhã tem que fazer tudo de novo.
No meio desta rotina, ser mãe, esposa, profissional, enfermeira pra curar o dodói da Isabela, ser psicóloga pra entender esta fase complicada da adolesceência do Lucas e da Carol. Mediar as brigas da Juliana e Isabela.
Enfim ser mulher, ser guerreira, compalheira.
Desempenhar múltiplos papéis.
Como tantas Silvias, Romas, Janes, Zetes, Solanges, Sandras, Cleides, Denises, Veras e tantas outras que não haveria espaço para nomear.
Todas mães, irmãs, tias, cunhadas, amigas.
Todas mulheres.
Parabéns pra nós porque merecemos!
segunda-feira, 8 de março de 2010
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