Existem palavras que carregam uma sonoridade que as engrandecem.
Por exemplo:
CORROBORAR.
Quem corrobora, confirma, comprova, colabora muito mais do que quem simplesmente concorda.
Outras aniquilam qualquer esperança de salvação.
Um ser ínfimo, por exemplo, é muito menor que qualquer outro baixo, pouco, pequeno ou insuficiente.
Ou aquelas que nem sei se existem de verdade, mas quando alguém inventa de usar traduz como nenhuma outra um significado.
É o caso de umbigocêntrica (esta li recentemente num blog que visitei).
Não deixo de admirar o quanto deve ser egocêntrica alguém que é centrado no próprio umbigo.
O que dizer então dos palavrões:
Eu, particularmente, não gosto de falar palavrão, embora admito que ás vezes escapa algum.
Mas nada como um palavrão pra dar a ideia exata da raiva provocada por determinada situação ou do quanto estamos encrencados com outra.
Recentemente descobri que minha filha Isabela, de apenas 2 anos e 10 meses também se admira com algumas palavras.
As vezes ela fica repetindo algumas palavras, como se estivesse saboreando sua sonoridade.
Diz por exemplo " exatamente" ou "maravilhoso" pausadamente, marcando cada sílaba.
Às vezes me perguntava se ela entendia o significado destas palavras, até que um dia ela me disse:
_ Mamãe, o seu " papá" está ma-ra-vi-lho-so!!!!
Concluí que:
Ou ela não sabe o significado ( já que meu talento na cozinha é mínimo), ou então estava querendo me adular.
Mas que foi lindinho, foi!!!!